Segunda-feira, 7 de Julho de 2008

Ainda falta muito tempo para as eleições e já estou a ficar preocupado

Quando fiz dezoito anos e me tornei maior fui todo contente á junta de freguesia da minha residência tratar do cartão de eleitor, onde me pediram o Bilhete de Identidade e uma assinatura num papel, o cartão foi me dado no momento o que me proporcionou meses mais tarde a possibilidade de exercer o meu direito cívico. Aquele procedimento não me pareceu muito burocrático, (embora ache que é um procedimento perfeitamente descabido, visto o nosso BI possuir toda a informação necessária desde a naturalidade até á área de residência) foi fácil e rápido.

 

Aos  vinte anos por ter perdido a carteira necessitei novamente de obter o meu cartão de eleitor, o cenário foi exactamente o mesmo, parece-me até que ainda foi mais rápido. Mas isso era quando a gente éramos jovens, agora aos 36 parece tudo mais difícil, mudei de residência e apressei-me a mudar a minha residência em todos os documentos, desde os bancários até aos de identificação pessoal, para isso tirei uma manhã, quando cheguei para almoçar já os tinha todos comigo devidamente actualizados, penso que isso se deve ao facto de ainda só ter 33 anos nesta data. Será que aos 36 há maior dificuldade em se obter um documento simples como o cartão de eleitor.

 

 

 

Estou a viver no concelho de Viana do Alentejo, Freguesia de Aguiar há quase 4 anos, gosto muito de aqui viver, não sou apenas um morador, trabalho aqui, e gosto de fazer parte do local onde vivo, e se conta para alguma coisa já produzi duas aguiarenses, verdadeiras e genuínas filhas da terra.

 

Porque não tinha conhecimento nem das pessoas nem dos partidos políticos nas primeiras eleições que aconteceram desde a minha vinda, decidi conscientemente não votar, pelo que não necessitei de me recensear em Aguiar.

 

Mas acerca de três semanas, por iniciativa própria dirigi-me á junta de freguesia, onde me atenderam muito bem como é apanágio dos Aguiarenses, levei os documentos necessários, preenchi eu próprio os formulários e fiquei a aguardar uns dias como me disseram. Hoje passadas três semanas, pensei que era tempo suficiente, enganei-me.

 

Ainda pensei que isto se deve a sermos uma junta pequena que necessita de muitos formalismos para obter algum tipo de certificação, pois o mesmo já tinha sucedido com outros vizinhos, mas depois de consultar o portal do cidadão fiquei a saber que se calhar não é bem assim.

 

Excelentíssimo Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Aguiar 3 semanas não será muito tempo para se obter um cartão de eleitor?

 

Será que se extraviou?

 

 

 

Deixo aqui informação complementar acerca do cartão de eleitor

 

 

 

 

 

 

http://www.portaldocidadao.pt/PORTAL/pt/Dossiers/DOS_como+exercer+o+direito+de+voto.htm?passo=1

 

 

 

 

 

publicado por peixebanana às 16:57
link | favorito
De Anónimo a 7 de Julho de 2008 às 18:32
alguem lhe disse que o cartão extraviou?
sera que só nos outros trabalhos existem demoras?
no seu trabalho não existirão?
será que v.ex.ª não tem soluções? até agora só o ouço criticar...os ataques a cmva pensei eu ke fossem por motivos pessoais, mas vejo ke tb a jf sofre muitos ataques, porke sera?
será que sequer candidatar as proximas eleições e ja anda em propaganda eleitoral?

votos de umas boas ferias tambem para si
De peixebanana a 7 de Julho de 2008 às 21:35
Caro anónimo, eu apenas perguntei se o cartão de eleitor se teria estraviado, não o afirmei e como obtive o mesmo sempre no acto, achei estranho aqui processar-se desta forma.
E demoras existem em todo o lado, no meu caso uma demora da minha parte pode representar a perca de um cliente, já me aconteceu atrasar-me, normalmente contacto o cliente nestes casos bem como nos prazos para a conclusão de um trabalho.
Não me leve a mal por criticar, pois só critico o que acho que não está bem. Aqui no blog já têm surgido soluções para vários problemas é essa a intenção.
Acerca dos ataques pessoais, só é atacado quem se põe a jeito e eu se calhar até estou a jeito, tal como o senhor, só que eu faço-o por dever civico. Por outras palavras não ganho nada com isso, mas decerto ganharemos todos se formos um bocadnho mais exigentes conosco e com a sociedade em geral.
Não ando em campanha porque não tenho partido politico. Boas férias também para si.

De Anónimo a 7 de Julho de 2008 às 21:54
ja surgiram soluções?...que graça quais serão ke eu ainda nao vi nenhuma..
assim como o anonimo de cima disse tambem nunca o vi a fazer nada a nao ser criticar..isso é super facil...fazer é muito mais dificil, acredite
De peixebanana a 7 de Julho de 2008 às 22:32
Estou plenamente de acordo consigo, fazer é muito mais dificil, e acredito que a junta de freguesia de aguiar faça o melhor que pode e sabe.
E é exactamente esse o problema.
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Alucinações

 
Um polícia reformado imagina que uma criança inglesa morreu num trágico acidente e que o corpo foi congelado ou conservado no frio pelos pais e amigos.

Um político socialista imaginou que era possível combater a corrupção neste sítio cada vez mais mal frequentado, apresentou um pacote de medidas e ficou muito desiludido quando o seu partido o atirou para o lixo e aprovou um conjunto de diplomas que vai deixar tudo como antes, o quartel-general em Abrantes. O mesmo político imagina, agora, que a corrupção está mais elevada do que nunca e fica triste porque ninguém lhe liga nenhuma.

A líder do maior partido da Oposição imagina que é possível chegar ao poder sem andar por aí em festas folclóricas, em espectáculos medíocres e chega ao ponto de dizer que vai tentar falar verdade sobre os problemas do sítio e que não se pronuncia sobre assuntos que não conhece.

Um ministro deste Governo socialista imagina-se como director comercial de uma multinacional e salta de contente sempre que assina um contrato com uma empresa qualquer. O mesmo governante imagina um dia que a crise económica, financeira e social já passou e no outro imagina que o que aí vem vai ser bem pior.

Um primeiro-ministro que os indígenas elegeram em 2005 com maioria absoluta imagina que vive num sítio maravilhoso, com uma economia pujante, com um nível de vida extraordinário, com cidadãos altamente qualificados e até imagina que Angola tem um governo fabuloso, digno dos maiores elogios, que a Líbia é dirigida por um ser normal, democrático, que até escreveu em tempos um livro que só por acaso não ganhou o Nobel da Literatura e que a Venezuela tem um presidente civilizado, com os alqueires todos no sítio e que merece ser recebido várias vezes em poucos meses com gestos de grande carinho e amizade.

Um Presidente da República imagina que os seus silêncios são mais importantes do que as suas palavras e imagina que quando discursa alguém o ouve verdadeiramente com atenção. Imagina que quando fala na necessidade de se combater a corrupção ou atacar a sério os problemas da Justiça e da Educação alguém o leva verdadeiramente a sério e vai a correr preparar mais uns diplomas para indígena ver.

A alucinação, como se vê, veio para ficar. Está a tornar-se numa pandemia. Em vez de dinheiros da Europa, o sítio precisa urgentemente de uma enorme equipa de psiquiatras que o cure da doença enquanto há tempo e esperança de cura.

António Ribeiro Ferreira
[in Correio da Manhã, 28.07.2008]

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