Sábado, 4 de Outubro de 2008

Portugal dos eternos figurantes...

Sede & fome.

S/T

Momentos Rurais

Momentos Rurais

Momentos Rurais

um pequeno tesouro

.

 

 

"o português é capaz de tudo, logo que não lhe exijam que o seja, porque somos um grande povo de heróis adiados”

Fernando Pessoa 

 

 

 fotos retiradas de http://olhares.aeiou.pt/

 

 

 

publicado por peixebanana às 00:15
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4 comentários:
De Anónimo a 4 de Outubro de 2008 às 11:11
Não consigo ver a ligação entre a citação e estas imagens. A não ser a da superficialidade e do preconceito. Nas imagens vejo pessoas normais (heróis operativos). Na citação leio um escritor póstumo (herói adiado).
De comoasmares a 4 de Outubro de 2008 às 13:03
Imagens magnificas!
Esse é o Portugal mais profundo e também o mais esquecido.
Estas fotos lembram-me o poema do grande poeta Miguel Torga:
"Passo a noite a sonhar o amanhecer.´
Sou a ave da esperança."

Roberto Vinagre
De peixebanana a 4 de Outubro de 2008 às 13:41
Caro roberto, as distâncias encurtaram e as assimetrias tornara-se mais evidentes.

O comentário anonimo acima do seu reduz á insignificancia os problemas que há no nosso pais, a continuar assim seremos sempre figurantes, sempre na esperança de um dia melhor que nunca chega.

A interpretação de uma imagem ou de um texto é sempre subjectiva. O que faz sentido para uns não o faz para outros.

Fazem-nos falta mais Migueis Torga.

Obrigado pelas suas palavras.
De Anónimo a 4 de Outubro de 2008 às 16:23
O comentário anónimo não "reduz à sua insignificância" nada. Apenas, põe em causa a estrutura da sua mensagem.
K'umps

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É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.

 

Clarice Lispector

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Alucinações

 
Um polícia reformado imagina que uma criança inglesa morreu num trágico acidente e que o corpo foi congelado ou conservado no frio pelos pais e amigos.

Um político socialista imaginou que era possível combater a corrupção neste sítio cada vez mais mal frequentado, apresentou um pacote de medidas e ficou muito desiludido quando o seu partido o atirou para o lixo e aprovou um conjunto de diplomas que vai deixar tudo como antes, o quartel-general em Abrantes. O mesmo político imagina, agora, que a corrupção está mais elevada do que nunca e fica triste porque ninguém lhe liga nenhuma.

A líder do maior partido da Oposição imagina que é possível chegar ao poder sem andar por aí em festas folclóricas, em espectáculos medíocres e chega ao ponto de dizer que vai tentar falar verdade sobre os problemas do sítio e que não se pronuncia sobre assuntos que não conhece.

Um ministro deste Governo socialista imagina-se como director comercial de uma multinacional e salta de contente sempre que assina um contrato com uma empresa qualquer. O mesmo governante imagina um dia que a crise económica, financeira e social já passou e no outro imagina que o que aí vem vai ser bem pior.

Um primeiro-ministro que os indígenas elegeram em 2005 com maioria absoluta imagina que vive num sítio maravilhoso, com uma economia pujante, com um nível de vida extraordinário, com cidadãos altamente qualificados e até imagina que Angola tem um governo fabuloso, digno dos maiores elogios, que a Líbia é dirigida por um ser normal, democrático, que até escreveu em tempos um livro que só por acaso não ganhou o Nobel da Literatura e que a Venezuela tem um presidente civilizado, com os alqueires todos no sítio e que merece ser recebido várias vezes em poucos meses com gestos de grande carinho e amizade.

Um Presidente da República imagina que os seus silêncios são mais importantes do que as suas palavras e imagina que quando discursa alguém o ouve verdadeiramente com atenção. Imagina que quando fala na necessidade de se combater a corrupção ou atacar a sério os problemas da Justiça e da Educação alguém o leva verdadeiramente a sério e vai a correr preparar mais uns diplomas para indígena ver.

A alucinação, como se vê, veio para ficar. Está a tornar-se numa pandemia. Em vez de dinheiros da Europa, o sítio precisa urgentemente de uma enorme equipa de psiquiatras que o cure da doença enquanto há tempo e esperança de cura.

António Ribeiro Ferreira
[in Correio da Manhã, 28.07.2008]

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