Quarta-feira, 30 de Julho de 2008

Eu sou o Bob!

 

 

 

 

 

 

 

 

Finalmente chegou o tão esperado Boletim municipal para nos pôr a par do que se passa e passou no nosso concelho nos últimos meses, para meu espanto fiquei surpreendido com o discurso do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Viana do Alentejo, que, chegou finalmente á conclusão que as pequenas obras são muito úteis á esmagadora maioria dos habitantes do concelho. Fiquei contente quando deixei de ver buracos nas três ruas de Aguiar e mesmo perdendo a tão falada pista de downhill a população passados 4 ou 5 anos aplaudiu, antes tarde que nunca, e bem vistas as coisas com tanta camada de alcatrão podemos dizer que estamos a crescer, mais que não seja em altura. Quanto ao alcatroamento do rossio já comentei o assunto em post anterior, mas aqui em Aguiar o povo sempre se contentou com pouco, ou como dizem, “ é melhor pouco que nada”, eu pessoalmente tenho uma opinião diferente em relação a este assunto como o referi no post “Alcatroeiros”.
 
Fiquei contente por saber que vão finalmente fazer algo no largo da cooperativa, isto é, na parcela de terreno onde está implantado um edifício, uns balneários, um ringue polidesportivo com bancadas, um parque para crianças que precisa de uma revisão e uma zona bem ajardinada e cuidada pelos responsáveis dos seus serviços, mas que não é de ninguém. Agradecia que alguém me explicasse como se podem fazer obras e utilizar dinheiros públicos numa parcela de terreno que embora esteja dentro do perímetro urbano e em zona edificável, não se encontra caracterizada e penso eu não possui um artigo e um legítimo dono. Mas isto se calhar são pormenores que não interessam, fico contente por saber que vai abrir concurso e que vamos ter um largo todo bonito, sugiro um busto do camarada Álvaro Cunhal mesmo no centro, á volta pode ser alcatrão o pessoal já se vai mesmo habituando.
 
E porque não é mal agradecido ao povo que o tem eleito mandato após mandato ainda lhes vai arranjar um lote no além, confesso que não sabia que era um homem tão ligado a crenças budistas que acredita na teoria da reencarnação, com sorte ainda o esperam 40 anos á frente da autarquia e caso não possa por questões legais há sempre um lugar aqui na junta. Uma pequena sugestão, se puder, coloque braços eléctricos no portão do Cemitério com comando á distância.
 
Ouvi dizer que vão também fazer obras na escola primária de Aguiar, deve ter-se esquecido de falar nisso no boletim municipal, não se esqueçam dos sanitários exíguos e sem condições, iluminação, calefacção, sistema de segurança passivo e activo (gradeamento em volta da escola). Sei que farão ainda melhor e a gente agradece.
 
Tanta obra e boa! Com isto se calhar fazem-nos esquecer da deficiente iluminação pública, do resto das ruas por pavimentar, da requalificação da rua principal em termos de segurança e bem-estar e da revisão do PDM.
 
Em Viana o pessoal deve estar ao rubro, é verdade que têm um belo complexo desportivo, excelentes piscinas que irão ser cobertas num futuro breve, um belíssimo parque da Vila que frequento sempre que posso, mas Viana está feia e suja, não o digo com maldade mas sim com tristeza. Vindo eu de onde vier ao chegar a Viana parece sempre que estou a chegar a uma zona degradada quer em termos visuais, quer do próprio pavimento que parece que se degrada com a proximidade. A passagem do trânsito pelo meio da Vila é no mínimo ridícula, ainda mais quando não há espaço para se cruzarem dois pesados. A zona comercial mais central bem como a praça são tristes exemplos do que se pode fazer. Parece uma Vila que já teve melhores dias, e concerteza que os teve. Não há um passeio público em condições numa vila que cresceu sem norte numa confusão de linhas ortogonais que se cruzam sem sentido e sem ordem. Penso que Viana já merece uma requalificação tal como a mereceu o castelo. Os arredores vão pelo mesmo caminho, ou seja, ao sabor da estrada. Não seria importante traçar a nova vila antes de a construir?
 
E finalmente as Alcáçovas, a cereja em cima do bolo, as piscinas municipais, a obra das obras ou devo dizer a torre de Babel que há falta de receita para pagar um empréstimo tão avultado trará no mínimo os votos que faltam, só não se sabe ainda é para quem. Acho no entanto que é uma obra importante (com isto não digo essencial), trará maior qualidade de vida ao povo das Alcáçovas, bem como a visita de populações vizinhas, espero que seja um sucesso pelo menos para quem tiver que pagar a obra.
 
E com isto tudo caríssimos Aguiarenses, “cadê” o pavilhão????

 

publicado por peixebanana às 00:51
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De Anónimo a 31 de Julho de 2008 às 15:56
Sou portuguesa, natural de Évora, vim residir para Aguiar em 2004 com a minha família, estou cá recenseada, pago os meus impostos na repartição de finanças de Viana, gosto das pessoas da terra e de cá viver e penso pela minha cabeça.
Por isso voto em quem me apetece e tenho direito apenas a um voto, como qualquer cidadã portuguesa, independentemente do meu local de nascimento.
Mas fico um pouco triste, quando leio aqui ou ali, certos textos em que parece haver pessoas que quando não têm argumentos, começam a falar que nasceram em Aguiar que a família também e por isso pensam ter direitos especiais, o que a lei não lhes confere.
Em alguns clubes de futebol, ao que vou observando na TV, uns têm direito a 20 votos, outros a 10 etc., conforme o n.º de anos de associados.
Em democracia um cidadão com capacidade eleitoral tem direito a um voto, é assim que são as regras democráticas.
O mesmo acontece com as críticas ao funcionamento da câmara, os novos residentes têm o mesmo direito de apresentarem as suas ideias à semelhança daqueles que têm cá os seus avós.
Se alguns vêem as coisas de maneira diferente o problema é deles e só aceita essas apreciações quem quiser.
Quanto à caricatura do Sr. Presidente está muito bem feita, pois quem quiser ver a sua fotografia em quase todos boletins de propaganda municipal é só folhear.

Esses boletins municipais, são sim uma verdadeira publicação de propaganda e não de informação como pretende passar junto dos munícipes, com a agravante de ao contrário dos blogues e comentários ditos propagandistas, o boletim é pago com parte dos impostos, taxas, etc, que eu pago no concelho de Viana.
Não nos dividamos, somos todos residentes e se queremos o melhor para os nossos filhos, a diferença de opinião é salutar.

Deixemo-nos de bairrismos retrógrados. O presidente da Câmara de Évora (PS) é de Cuba e o de Vendas Novas (PCP) é de Évora.

Se o camarada Jerónimo de Sousa se candidatasse à Câmara de Viana, mesmo não sendo de natural do concelho não ganharia as eleições facilmente? Alguém questionaria a sua naturalidade?

Precisamos de todos e queremos os mais válidos nos lugares de destaque do concelho se o povo assim determinar.

O que não há é “vacas sagradas” que estejam acima da crítica.

Peixe banana, continua com o teu blogue, mantendo a mesma linha editorial que tem vindo gradualmente a melhorar.
De Anonimo 1234 a 2 de Agosto de 2008 às 14:55
Peixe Banana, deixa que te diga, este foi o comentario mais bem feito que li no teu blog. Mas sou suspeito de falar porque tambem eu sou da "Lua". Esta nossa conterranea ou será "Inimiga da Terra", consegui descrever ao pormenor o preconceito que existe nos "Terrestres". mas como tudo pode acontecer, nao duvides, haver Mind's e Aguiar-anonimos que diram que este comentario é de indice politco, Pró-poleiro,Maldisente,etc.Fico a aguardar comentarios da "Terra".
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É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.

 

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Alucinações

 
Um polícia reformado imagina que uma criança inglesa morreu num trágico acidente e que o corpo foi congelado ou conservado no frio pelos pais e amigos.

Um político socialista imaginou que era possível combater a corrupção neste sítio cada vez mais mal frequentado, apresentou um pacote de medidas e ficou muito desiludido quando o seu partido o atirou para o lixo e aprovou um conjunto de diplomas que vai deixar tudo como antes, o quartel-general em Abrantes. O mesmo político imagina, agora, que a corrupção está mais elevada do que nunca e fica triste porque ninguém lhe liga nenhuma.

A líder do maior partido da Oposição imagina que é possível chegar ao poder sem andar por aí em festas folclóricas, em espectáculos medíocres e chega ao ponto de dizer que vai tentar falar verdade sobre os problemas do sítio e que não se pronuncia sobre assuntos que não conhece.

Um ministro deste Governo socialista imagina-se como director comercial de uma multinacional e salta de contente sempre que assina um contrato com uma empresa qualquer. O mesmo governante imagina um dia que a crise económica, financeira e social já passou e no outro imagina que o que aí vem vai ser bem pior.

Um primeiro-ministro que os indígenas elegeram em 2005 com maioria absoluta imagina que vive num sítio maravilhoso, com uma economia pujante, com um nível de vida extraordinário, com cidadãos altamente qualificados e até imagina que Angola tem um governo fabuloso, digno dos maiores elogios, que a Líbia é dirigida por um ser normal, democrático, que até escreveu em tempos um livro que só por acaso não ganhou o Nobel da Literatura e que a Venezuela tem um presidente civilizado, com os alqueires todos no sítio e que merece ser recebido várias vezes em poucos meses com gestos de grande carinho e amizade.

Um Presidente da República imagina que os seus silêncios são mais importantes do que as suas palavras e imagina que quando discursa alguém o ouve verdadeiramente com atenção. Imagina que quando fala na necessidade de se combater a corrupção ou atacar a sério os problemas da Justiça e da Educação alguém o leva verdadeiramente a sério e vai a correr preparar mais uns diplomas para indígena ver.

A alucinação, como se vê, veio para ficar. Está a tornar-se numa pandemia. Em vez de dinheiros da Europa, o sítio precisa urgentemente de uma enorme equipa de psiquiatras que o cure da doença enquanto há tempo e esperança de cura.

António Ribeiro Ferreira
[in Correio da Manhã, 28.07.2008]

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