Domingo, 8 de Junho de 2008

Bravo Viriatos!

 

 

 

O país parou, o euro 2008 começou e Portugal ganhou o jogo inaugural do seu grupo frente á Turquia. De repente tudo mudou, o povo ficou alegre e saiu á rua esquecendo por uma noite todo o sufoco que têm sido estes últimos anos com especial ênfase para os últimos meses. - Bravo Viriatos!  

 
Bravo por nos fazerem esquecer que estamos na cauda da Europa a enfrentar a maior crise que há memória desde o 25 de Abril de 1974, bravo por nos fazerem esquecer que estamos todos endividados e quem não está, para lá caminha, bravo por nos fazerem esquecer que os combustíveis aumentaram de uma forma absolutamente ridícula, bravo por nos fazerem esquecer o desemprego crescente, bravo por nos fazerem esquecer as mentiras sucessivas de um governo autista, bravo por nos fazerem esquecer que no ano 2008 há mais pobres em Portugal, bravo por nos fazerem esquecer que há gente a passar fome em Portugal, bravo, bravo, bravo…
 
Como é bom ver que Portugal tem sucesso quando há investimento económico e humano, a selecção nacional é disso um exemplo perfeito ao contrario do que acontece em praticamente todos os sectores económicos do pais. A Galp, o grupo PT com a TMN, a Sonae com os Modelos e os Continentes e a banca dão uma ajudinha, aliam-se ao triunfo, que imagem bonita para se ver lá fora, onde milhares de portugueses fugidos daqui deliram por terem perto deles a única coisa que se podem orgulhar.
 
Que bonito é ver o Sr. Presidente da Republica fazer uma recepção á selecção quando não ouve mais ninguém, espero que tenha informado o Sr. Primeiro Ministro das boas maneiras que têm os jogadores ao contrario dos pescadores que tiveram que acabar com a greve para não morrerem de fome a troco de mais uma promessa, uma linha de crédito!!! É mesmo disso é que estamos a precisar!
 
Bem hajam Viriatos, continuem na senda das vitórias, mostrem que o povo português quando bem tratado consegue obter bons resultados.
publicado por peixebanana às 22:54
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Alucinações

 
Um polícia reformado imagina que uma criança inglesa morreu num trágico acidente e que o corpo foi congelado ou conservado no frio pelos pais e amigos.

Um político socialista imaginou que era possível combater a corrupção neste sítio cada vez mais mal frequentado, apresentou um pacote de medidas e ficou muito desiludido quando o seu partido o atirou para o lixo e aprovou um conjunto de diplomas que vai deixar tudo como antes, o quartel-general em Abrantes. O mesmo político imagina, agora, que a corrupção está mais elevada do que nunca e fica triste porque ninguém lhe liga nenhuma.

A líder do maior partido da Oposição imagina que é possível chegar ao poder sem andar por aí em festas folclóricas, em espectáculos medíocres e chega ao ponto de dizer que vai tentar falar verdade sobre os problemas do sítio e que não se pronuncia sobre assuntos que não conhece.

Um ministro deste Governo socialista imagina-se como director comercial de uma multinacional e salta de contente sempre que assina um contrato com uma empresa qualquer. O mesmo governante imagina um dia que a crise económica, financeira e social já passou e no outro imagina que o que aí vem vai ser bem pior.

Um primeiro-ministro que os indígenas elegeram em 2005 com maioria absoluta imagina que vive num sítio maravilhoso, com uma economia pujante, com um nível de vida extraordinário, com cidadãos altamente qualificados e até imagina que Angola tem um governo fabuloso, digno dos maiores elogios, que a Líbia é dirigida por um ser normal, democrático, que até escreveu em tempos um livro que só por acaso não ganhou o Nobel da Literatura e que a Venezuela tem um presidente civilizado, com os alqueires todos no sítio e que merece ser recebido várias vezes em poucos meses com gestos de grande carinho e amizade.

Um Presidente da República imagina que os seus silêncios são mais importantes do que as suas palavras e imagina que quando discursa alguém o ouve verdadeiramente com atenção. Imagina que quando fala na necessidade de se combater a corrupção ou atacar a sério os problemas da Justiça e da Educação alguém o leva verdadeiramente a sério e vai a correr preparar mais uns diplomas para indígena ver.

A alucinação, como se vê, veio para ficar. Está a tornar-se numa pandemia. Em vez de dinheiros da Europa, o sítio precisa urgentemente de uma enorme equipa de psiquiatras que o cure da doença enquanto há tempo e esperança de cura.

António Ribeiro Ferreira
[in Correio da Manhã, 28.07.2008]

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