Sexta-feira, 21 de Novembro de 2008

O PARTIDO DO CONCELHO DE VIANA DO ALENTEJO, EMERGE FINALMENTE DA CLANDESTINIDADE

 

Para o caso de não termos reparado, nasceu algures no concelho Viana do Alentejo, tal com a ovelha “dolly”, o Partido Autárquico de Viana do Alentejo (PARVA), sigla criteriosamente visionada pelos respectivos clonadores que manipularam com êxito embriões do PCP.
 
O PARVA ainda não está legalizado, mas tudo indica que com o zelo dos seus aderentes e após a conclusão do processo de recolha das assinaturas, rapidamente junto do Supremo Tribunal de Justiça obterá a sua legalização – espero sinceramente que tudo corra bem, porque tanto empenho merece um reforço positivo.
 
O Partido Autárquico de Viana do Alentejo (PARVA), verdade seja dita, é justamente o partido que detém ilegalmente a governação efectiva do nosso concelho.
 
Quem diz que não somos um concelho criativo, dinâmico, eficaz, eficiente, mas também com qualidade de vida, está redondamente enganado. Tudo isto se deve à obra deste perene executivo, completamente escanzelado que, num notável mas doloroso estertor tenta agarrar-se à vida que se esvai.
Nestes casos, a ética médica divide-se, pois desde há muito tempo que a equipa responsável por estes pacientes, ligados a máquinas de suporte de vida, diagnosticou morte cerebral em todos eles.
 
Não se sabe ainda se, e quando, a equipa médica liderada pelo PCP, desligará estes equipamentos escassos e onerosos.
 
O PARVA aniquilou o PCP concelhio, sacou-lhe a bandeira, até quando? Tingiu-se com as cores do PCP com tinta contrafeita made in China, passeia-se a seu bel-prazer pelo concelho até ao dia em que a tinta, pouco resistente ao sol, caia de vez e a população reconheça finalmente, que ali não vai uma mulher, mas sim um travesti.
 
Contudo, cada vez mais, os modos produtivos introduzidos na China conformam padrões de qualidade, pelo que o PARVA tem esperança que a tinta besuntada na pele dos seus elementos aguente as intempéries deste mandato sem se adulterar.
 
Se o inverno não for rigoroso, nem o Verão escaldante, o PARVA poderá continuar com a pintura em bom estado de conservação, alapado à bandeira rapinada ao PCP. Assim, continuando impecavelmente travestido até ao acto eleitoral, confunde o eleitorado PCP e pode novamente vencer as eleições – UFF! Aguentaremos mais quatro anos de repetido atraso?
 
Se a vitória eleitoral desta facção se consumar, antevejo um futuro ainda mais negro, teremos uma autarquia mais abandonada, endividada, refém do pagamento de obras inoportunas, efectuadas em tempo de crise económica e social, cujas edificações em nada contribuem para o efectivo desenvolvimento do nosso território e respectivos destinatários – a sua população.
 
O PARVA chama a isto obras estruturantes que apenas nos irão mergulhar nas piscinas vestidos de tanga, para de seguida, tiritando de frio, cansados, cheios de fraqueza e em passo de corrida com os chinelos rotos, irmos bater umas bolas nos pavilhões gimnodesportivos do concelho.
 
Projectos ou obras estruturantes concelhias são aquelas que imprimem grandes impactes positivos no desenvolvimento socioeconómico do concelho, eventualmente potenciadas na presença de parcerias intermunicipais ou estatais.
 
Passando em contra-mão o baixo orçamento da maioria das famílias, a falta de emprego e as dificuldades igualmente sentidas pelas pequenas empresas que ainda vão sobrevivendo, o PARVA vai lançando concursos de obras no valor de centenas de milhares de contos, com recurso a empréstimo bancário e com o dinheiro a voar para bolsos fora do concelho.
 
O PARVA está gloriosamente só, mas ao ostentar estas obras em final de mandado, quer fazer figura de rico com o nosso dinheiro. Entretanto, e à cautela, já abriu uma conta na Caixa Geral de Depósitos para todos nós pagarmos a renda nos próximos anos, referente ao empréstimo que em nome da Câmara contraiu sem indagar junto da população se estava de acordo com estes gastos neste momento.
 
Para obviar ao elevado montante do “spread”, e consequentemente da taxa de juro, a onerar o crédito contraído na construção deste novo património imobiliário concelhio anunciado, tal como as famílias com dificuldades financeiras em cumprir os encargos com o crédito à habitação, a Câmara de Viana poderá substituir, durante algum tempo, a prestação mensal por uma renda de valor mais baixo e, mais tarde, comprar os imóveis que foram anteriormente alienados.
 
Enquanto as famílias e as empresas foram apanhadas desprevenidas pela crise, a Câmara num acto de gestão irresponsável, compromete ainda mais o nosso futuro ao assumir compromissos financeiros em plena recessão económica.
 
Carlota Fialho
 
 
recebido por email em peixebanana@sapo.pt editado por peixebanana
publicado por peixebanana às 21:44
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9 comentários:
De Anónimo a 22 de Novembro de 2008 às 15:09
Mais um grande post de Carlota Fialho. Já pensávamos que tinha ficado sem fôlego.
De Anónimo a 22 de Novembro de 2008 às 21:31
O Carloto desta vez passou-se mesmo. Não se limita a alucinar por si só e brinda-nos com estas "visões" ao melhor estilo dos acidos dos anos 60ssssss. No entanto, revela bem lá no fundo um receio que apesar de toda a "desgraça" que cria na sua cabeça, ainda assim, a CDU possa continuar a ganhar a Câmara nas próximas autarquicas. Se porventura isso acontecer, só pode ser porque o povo é ignorante e ainda não atingiu o sublime nivel intelecto/alucinante do Carloto que com a sua "alta" visão, não tem qualquer duvida. Será que também como o outro Srº raramente se engana? Quanto ao texto em si, de tanta parvoice junta, nem merece comentários. Deve estar a confundir as recolhas de assinaturas ou quem as anda a recolher e para quê. São as que lhe vão faltar a si ( ao Carloto), na noite da contagem. Com amigos desses, também está bem arranjado.
De Anónimo a 22 de Novembro de 2008 às 23:45
Este último comentador sentiu-se muito com o texto deste post . Não deve estar muito seguro de como as coisas irão decorrer nas próximas eleições.
Aliás, como tem decorrido este mandato autárquico e com a perseguição a elementos importantes do Partido no interior da Câmara, só pode estar preocupado. A acrescentar a tudo isto temos o programa eleitoral que este executivo não irá cumprir. O povo “ignorante” está à espera da concretização da maior piscina do concelho, a ser efectuada em Alcáçovas, da piscina coberta de Viana e do Pavilhão de Aguiar e das restantes obras contidas no programa eleitoral.
De anonimo a 25 de Novembro de 2008 às 16:20
Mais psicologia invertida a roçar a psicopatia...........
De Anónimo a 25 de Novembro de 2008 às 21:24
Já tinha saudades do homem da psicologia invertida.
Seja bem-vindo.
De anonimo a 25 de Novembro de 2008 às 22:36
o sauduzismo é uma caracteristica bem lusitana... mas viver só de recordações, não faz muito bem ao intecto e à sanidade mental... Instiga os recalcamentos e outras maleitas do foro psiquico :(
De anonimo a 25 de Novembro de 2008 às 22:42
leia-se: INTELECTO
De Anónimo a 29 de Novembro de 2008 às 00:41
Aconteceu alguma coisa ao Velho Potes? Anda doente ou calaram-lhe a boca?
De anonimo a 29 de Novembro de 2008 às 03:19
não! deve estar ocupada a gastar os euros extra, que recebe da CMVA, nas compras de natal...
ora, ora a ocupação agora é outra... dedica-se aos contactos de discarnio e mal dizer... que os euros extra teem que ser bem compensados... ora não !

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É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.

 

Clarice Lispector

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Alucinações

 
Um polícia reformado imagina que uma criança inglesa morreu num trágico acidente e que o corpo foi congelado ou conservado no frio pelos pais e amigos.

Um político socialista imaginou que era possível combater a corrupção neste sítio cada vez mais mal frequentado, apresentou um pacote de medidas e ficou muito desiludido quando o seu partido o atirou para o lixo e aprovou um conjunto de diplomas que vai deixar tudo como antes, o quartel-general em Abrantes. O mesmo político imagina, agora, que a corrupção está mais elevada do que nunca e fica triste porque ninguém lhe liga nenhuma.

A líder do maior partido da Oposição imagina que é possível chegar ao poder sem andar por aí em festas folclóricas, em espectáculos medíocres e chega ao ponto de dizer que vai tentar falar verdade sobre os problemas do sítio e que não se pronuncia sobre assuntos que não conhece.

Um ministro deste Governo socialista imagina-se como director comercial de uma multinacional e salta de contente sempre que assina um contrato com uma empresa qualquer. O mesmo governante imagina um dia que a crise económica, financeira e social já passou e no outro imagina que o que aí vem vai ser bem pior.

Um primeiro-ministro que os indígenas elegeram em 2005 com maioria absoluta imagina que vive num sítio maravilhoso, com uma economia pujante, com um nível de vida extraordinário, com cidadãos altamente qualificados e até imagina que Angola tem um governo fabuloso, digno dos maiores elogios, que a Líbia é dirigida por um ser normal, democrático, que até escreveu em tempos um livro que só por acaso não ganhou o Nobel da Literatura e que a Venezuela tem um presidente civilizado, com os alqueires todos no sítio e que merece ser recebido várias vezes em poucos meses com gestos de grande carinho e amizade.

Um Presidente da República imagina que os seus silêncios são mais importantes do que as suas palavras e imagina que quando discursa alguém o ouve verdadeiramente com atenção. Imagina que quando fala na necessidade de se combater a corrupção ou atacar a sério os problemas da Justiça e da Educação alguém o leva verdadeiramente a sério e vai a correr preparar mais uns diplomas para indígena ver.

A alucinação, como se vê, veio para ficar. Está a tornar-se numa pandemia. Em vez de dinheiros da Europa, o sítio precisa urgentemente de uma enorme equipa de psiquiatras que o cure da doença enquanto há tempo e esperança de cura.

António Ribeiro Ferreira
[in Correio da Manhã, 28.07.2008]

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