Quarta-feira, 24 de Setembro de 2008

Porquê em Portel e não em Viana do Alentejo?

 

(...)Portel: Uma criança, um computador

Trezentas crianças de Portel passam a navegar na internet. O «Magalhães», computador que ontem começou a ser distribuído nas escolas do ensino básico fez as delícias de miúdos e graúdos. Em Portel, por exemplo, a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, inaugurou o novo Centro Escolar que acolhe todas as crianças que na sede do concelho frequentam educação pré-escolar e o 1.º ciclo do ensino básico.

 

Visto no http://www.noticiasalentejo.pt/

 

Porque é que esta iniciativa começou em Portel e não em Viana do Alentejo?

 

Será que tem alguma justificação simples?(...)

 

Publicado no Alcaçovas por António Costa da Silva editado por peixe banana

 

 

Caro amigo, aqui no concelho e mais precisamente em Aguiar, todos os anos temos promessas de um arranque de ano escolar melhor, este ano embora tenha começado mais tarde do que a generalidade das escolas em Évora, e aparentemente melhor organizado, o inicio das actividades pré escolares começou sem prolongamento o que já nos vamos habituando, é com enorme esforço que alguns pais se têm que deslocar do seu local de trabalho para vir apanhar o filho/a ás 15h a Aguiar, toda a gente sabe que em a maior parte das pessoas de Aguiar em idade activa não trabalha em Aguiar, mas verdade seja dita que uma semana chegou para colocarem alguém para tomar conta das nossas crianças na pré escola de Aguiar. E digo alguém porque é no minimo exigivel que esse alguém tenha conhecimento na área para a qual vai desempenhar um papel que na minha opinião é de extrema importância. Ficar a tomar conta e organizar 30 crianças durante 3 horas não é pêra doce para uma pessoa com qualificação nessa área, quanto mais para alguém que não tendo habilitações para tal, não reune sequer o pré requesito de auxiliar. Se esta escolha foi responsabilidade dos serviços da Camara Municipal de Viana do Alentejo, é no minimo um gozo para com as crianças e pais de Aguiar. Mas a gente já se vai habituando. Gostava no entanto de saber qual é o critério de escolha dos candidatos, isto é, se há algum critério.

 

Quanto á escola primária que também começou mais tarde do que a generalidade das escolas de Évora, foi ainda mais engraçado. Neste caso como nos primeiros dias não houve almoço, alguns pais tiveram que sacrificar dias de férias para estarem disponiveis para irem buscar o filho/a para almoçar (havia almoço, mas não havia auxiliar para vigiar os meninos e dar apoio ao almoço), e voltar a levar para depois irem novamente ás 15h busca-los.

 

Como é que querem fazer crescer a população escolar num local como Aguiar desta forma?

 

O mais engraçado é que passados quase 15 dias do inicio das aulas, ainda não há prolongamento, ou actividades extracurriculares. Por viver em Aguiar e achar que é importante que os meus filhos sejam parte integrante da comunidade onde vivem, optei sempre por colocá-los em estabelecimentos de ensino em Aguiar, mas tenho pena quando ao fim da tarde se juntam os amigos que chegam da escola de Évora e falam das aulas de desporto de iniciação aos computadores e de inglês e a minha filha fica a olhar. Por sorte ou por atenção a estes problemas tento sempre ter tempo para complementar e preencher essas lacunas, pena é que num concelho tão pequeno e por isso bastante mais fácil de organizar a este nivél, não se tenha uma politica de educação com nexo.

 

Caro António Costa da Silva falar aqui em "Magalhães" é chinês!

publicado por peixebanana às 22:13
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1 comentário:
De Anónimo a 26 de Março de 2009 às 23:15
Os tempos livres neste concelho, são o fartote de rir.
Vão buscar pessoas ao Centro de Emprego, sem o minímo de conhecimentos do que é trabalhar com crianças. Antigamente era a DREA que colocava Animadores ou professores todos licenciados e com cadeiras no seu curriculum, de trabalho com crianças. Fazer actividades extra curriculares, não é o mesmo que termos uma ou duas crianças em casa uma tarde.
País economicista, pois paga uma ninharia e diz que as escolas têm actividades extra curriculares. Tem uma grande treta.

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É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.

 

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Alucinações

 
Um polícia reformado imagina que uma criança inglesa morreu num trágico acidente e que o corpo foi congelado ou conservado no frio pelos pais e amigos.

Um político socialista imaginou que era possível combater a corrupção neste sítio cada vez mais mal frequentado, apresentou um pacote de medidas e ficou muito desiludido quando o seu partido o atirou para o lixo e aprovou um conjunto de diplomas que vai deixar tudo como antes, o quartel-general em Abrantes. O mesmo político imagina, agora, que a corrupção está mais elevada do que nunca e fica triste porque ninguém lhe liga nenhuma.

A líder do maior partido da Oposição imagina que é possível chegar ao poder sem andar por aí em festas folclóricas, em espectáculos medíocres e chega ao ponto de dizer que vai tentar falar verdade sobre os problemas do sítio e que não se pronuncia sobre assuntos que não conhece.

Um ministro deste Governo socialista imagina-se como director comercial de uma multinacional e salta de contente sempre que assina um contrato com uma empresa qualquer. O mesmo governante imagina um dia que a crise económica, financeira e social já passou e no outro imagina que o que aí vem vai ser bem pior.

Um primeiro-ministro que os indígenas elegeram em 2005 com maioria absoluta imagina que vive num sítio maravilhoso, com uma economia pujante, com um nível de vida extraordinário, com cidadãos altamente qualificados e até imagina que Angola tem um governo fabuloso, digno dos maiores elogios, que a Líbia é dirigida por um ser normal, democrático, que até escreveu em tempos um livro que só por acaso não ganhou o Nobel da Literatura e que a Venezuela tem um presidente civilizado, com os alqueires todos no sítio e que merece ser recebido várias vezes em poucos meses com gestos de grande carinho e amizade.

Um Presidente da República imagina que os seus silêncios são mais importantes do que as suas palavras e imagina que quando discursa alguém o ouve verdadeiramente com atenção. Imagina que quando fala na necessidade de se combater a corrupção ou atacar a sério os problemas da Justiça e da Educação alguém o leva verdadeiramente a sério e vai a correr preparar mais uns diplomas para indígena ver.

A alucinação, como se vê, veio para ficar. Está a tornar-se numa pandemia. Em vez de dinheiros da Europa, o sítio precisa urgentemente de uma enorme equipa de psiquiatras que o cure da doença enquanto há tempo e esperança de cura.

António Ribeiro Ferreira
[in Correio da Manhã, 28.07.2008]

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